quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Olá, meninas!


     Hoje quero preciso falar de uma coisa que anda me incomodando inculcando muito. 

É comum ver por aí pais que dependem dos avós para que cuidem de seus filhotes, seja para que trabalhem, seja para resolverem algum problema, seja por quaisquer outros motivos. Seja por algum determinado período ou o dia todo. Mesmo com todo essa ajuda, a função dos avós é de cuidar e não educar. Por isso, acho que eles devem seguir as regras e orientações dos pais da criança, afinal a educação dela começa com os pais e os avós têm o papel de dar continuidade a essa educação, mesmo que não concordem com alguma parte dela. Acredito numa diferença entre educar e colocar limites. É claro que os avós têm uma rotina em suas casas e concordo que os pais têm que respeitar essa rotina. Os avós podem    mimar, levar para passear, brincar, aconselhar, mas também devem respeitar a disciplina escolhida pelos pais de seus netos! Respeito mútuo. Ainda mais quando todos moram na mesma casa, a criança tem que estar ciente de que a educação é uma só!
     Se os pais não querem que essa criança coma muitos doces ou tome refrigerante, os avós não devem deixá-la comer/beber na presença e nem na ausência deles. Crianças têm que aprender desde cedo que existem regras, limites, respeito, disciplina a serem seguidos e que tanto elas, quanto os avós, estão ali para respeitarem isso. Os avós são participantes da educação, mas não são eles que escolhem que tipo de educação os pais vão dar a seus filhos. E se não concordam com alguma coisa, têm o total direito de opinar, mas longe das crianças e respeitando a decisão dos pais de acatarem OU NÃO. Interferirem na hora em que o pai ou a mãe estão dando aquela bronca na criança então, nem pensar!!! A criança não pode crescer confundindo os papéis: 
 - "Se minha mãe não deixa, vou pedir à minha avó, porque ela vai deixar..." 
 - "Se minha mãe brigar comigo, eu conto pra meu avô, porque daí ele vai brigar com minha mãe..."
 - "Quero ir pra casa do vovô e da vovó, porque lá eles me deixam comer doce, dormir tarde, e mais um montão de coisas que meu papai e minha mamãe não deixam..."

     Tenho sofrido muito com isso aqui em casa. Minha mãe quer fazer coisas que eu não aceito e digo pra ela não fazer. E ela diz que enquanto estivermos na casa dela, ela vai fazer assim mesmo. E se tiver que fazer escondido, também vai fazer!
Pode isso?? Tenho muito medo de um dia minha filha ficar confusa ou se virar contra mim, quando perceber que a avó a deixa fazer o que quiser, que a avó não respeita os limites e as regras que eu imponho e que, por isso, ela venha me desrespeitar esperando que a avó lhe defenda. O que não duvido que vá acontecer se eu deixar minha mãe fazer o que quiser, pelo fato de que ela me ajuda na criação da minha filha.
      Sou MUITO grata à ajuda que minha mãe me dá. Se não fosse ela, eu não sei como eu me sairia em muitas situações. Ela tem mais experiência, idade, teve mais de um filho... Levo TUDO isso em consideração. Mas defendo com unhas e dentes o fato de cada criança ter um tipo de personalidade, logo devemos tratar cada uma de um jeito e não simplesmente fazer com todas as crianças o que fizemos a nossos filhos. Já pensou se toda professora ou "tia" da creche dissesse:
 - "Sua mãe te ensinou assim, mas tá errado, não faça isso!"
 - "Seu pai não deixa, mas aqui na escola você pode comer isso. Ele não tá vendo..."
      Hein?? Como seria??
      Minha mãe desrespeita pedidos simples meus. Exemplo simples, mas significativo pra mim: Bia já aprendeu a segurar a mamadeira sozinha. Eu fico sempre perto, no caso dela engasgar. Mas acho lindo ver minha filha segurando sozinha a mamadeira, como uma mocinha. Isso não a torna uma criança independente. Isso não vai trazer complicações futuras na personalidade dela. Isso só me mostra que ela está se desenvolvendo normalmente como outras crianças. Muitos outros bebês aprendem a fazer isso muito antes da idade dela, que está com 1 ano e 3 meses. E aprendem muitas outras coisas que ela não faz ainda. E isso não quer dizer que ela tenha algum problema de desenvolvimento. Cada criança tem seu tempo. Certo?? Minha mãe diz que Bia prefere mamar quando a gente está segurando a mamadeira e aconchegadinha no colo e que ELA VAI FAZER ASSIM. E ela não dá a mamadeira pra Bia segurar mesmo. Do jeito que criança é, principalmente a minha criança, ela não pegaria a mamadeira se não quisesse segurar. Criança faz o que quer, até aprender que tem que fazer do jeito que a mãe está ensinando.                                                                     Se ela não quer tomar banho quando a mãe chama, ela corre... Se ela não quer almoçar naquela hora, tranca a boca e não come nem por reza braba. Então por que seguraria a mamadeira no mesmo momento em que eu digo: - "Toma, Bia, segura."?? Eu posso até ter aprendido a segurar uma mamadeira sozinha apenas com 3 anos, nem sei com que idade minha mãe permitiu isso. Mas Bia é MINHA filha e eu quero de OUTRO jeito.
      Pessoal, os tempos mudaram... Dei o exemplo da mamadeira, mas têm muitas outras coisas que causam atrito aqui em casa por causa da certeza que minha mãe tem de que ela pode interferir na criação da MINHA filha, neta dela. E não aceito isso. Até hoje minha mãe diz que nenhum filho dela foi pra creche. Não queria de jeito nenhum que Bia fosse. Mas hoje em dia, as coisas mudaram. Minha situação é totalmente diferente da dela, há anos atrás. E ela ainda disse que ia tirar Bia da creche se achasse uma babá que ficasse aqui em casa!!! Será que ela quer sustentar minha filha no meu lugar também??? Não, né???
        
    Eu tenho muita coisa pra falar sobre esse assunto, mas o post já está gigante. Fica cansativo.
       Opinem! Como são seus pais em relação à criação de seus filhos??

Beijos a todas!!!

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Aos 34 anos, sagitariana com ascendente em capricórnio (discordo, mas fazer o quê?!), do Rio de Janeiro (com louca vontade de morar num lugar tranquilo), estudante de psicologia (mas cheia de problemas de cabeça. rsrrsrsrs), mãe e pai da pequena Bia, de 5 anos. E esse blog fala da nossa trajetória, dos meus sentimentos, minhas muitas lamentações, etc.

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